quinta-feira, setembro 10, 2009

Pegadas na Areia















Uma noite tive um sonho.
Estava a passear na praia com o meu Senhor
Pelo céu escuro passavam cenas a minha vida.
Por cada cena, percebi que eram deixados dois pares
de pegadas na areia,
um que me pertencia
e outro ao meu Senhor.

Quando a última cena da minha vida passou perante mim
olhei para trás para as pegadas na areia.
Havia apenas um par de pegadas.
Apercebi-me de que eram os momentos mais difíceis
e tristes da minha vida.
Isso sempre me incomodou
e interroguei o Senhor
sobre o meu dilema.


"Senhor, quando decidi seguir-Te, disseste-me
que caminharias ao meu lado
e falarias comigo durante todo o caminho.
Mas apercebo-me de que,
durante os momentos mais atormentados da minha vida,
há apenas um par de pegadas.
Não percebo por que razão, quando mais precisei de Ti,
Tu me deixaste".

Ele segredou: "Meu precioso filho
Eu amo-te e nunca te deixarei,
nas horas de provação e de sofrimento. Nunca.
Quando viste na areia apenas um par de pegadas foi porque Eu te carreguei ao colo".

Margaret Fishback Powers
(A versão é a que aparece no Livro com o mesmo título, Pegadas na Areia, estrelapolar. 4.ª Edição: 2009).

segunda-feira, setembro 07, 2009

Caixa (vazia)... de beijos















É uma história que já vimos, em formato de texto ou em formato de diapositivos. Agora encontramos-lhe a origem, no livro "Pegadas na Areia", escrito em 1993, editado este ano em Portugal:

Margaret, autora de "Pegadas na Areia" (poema e livro)
e Paul vivem casados há meia dúzia de anos.
Ela deixou o ensino para o seguir.
Vendem a empresa de que são proprietários.
Têm pouquíssimo dinheiro, e duas filhas.
Margaret ameaça deixar Paul.
Estão à beira da falência no que ao casamento diz respeito.

É o Natal de 1972. Batem no fundo.
Paul consegue à volta de 40 dólares,
das igrejas (baptistas) onde ia pregar.
Dá-os à esposa para comprar artigos de mercearia,
depois de ter posto gasolina no carro.

Margaret surge feliz por ter comprado algumas pechinchas.
Paul fica zangado, e ainda por cima a filha mais velha,
Tina, comprara um rolo de papel dourado para embrulhos.

Em casa embrulham alguns presentes para levar para a família.
Paul manda a filha buscar o papel dourado.
Como ela demorasse vai ao seu encontro.
Encontram a filha com três tesouras,
fita-cola e folhas do papel dourado.
Tina gastou todo o rolo a tentar embrulhar
uma espécie de caixa de sapatos.
Paul agarra Tina por um braço e dá-lhe fortes palmadas,
deixando-a a chorar e a gritar. Margaret fica em estado de choque.
Paul repete o que o alcoolismo do pai havia feito com ele durante a sua infância.

Na manhã seguinte, Paul tropeça
e quase cai em cima da caixa embrulhada pela filha.
Tina corre para a caixa, e entrega-ao ao pai como presente.
Dando-se conta que a caixa parece vazia,
Paul rasga rapidamente o papel e vê que a caixa está vazia.

Paul repreende a filha:
"Christina! Não sabes que deves pôr qualquer coisa
numa caixa antes de a embrulhares como presente?".

A pequena, com as lágrimas a correrem-lhe pelo rosto, responde:
"Mas, Papá, eu pus uma coisa lá dentro.
Soprei beijos para dentro dela! Está cheia de amor só para ti!".

Margaret Powers, Pegadas na Areia. Estrela Polar. Alfragide 2009.
(A imagem foi retirada do seguinte blogue: Coisas..., que continha a mesma história)

domingo, setembro 06, 2009

Pe. Bráulio na Renascença

Os Domingos de manhã são, para os párocos, tempos atarefados.
Passámos de uma a outra celebração,
quase sem oportunidade para parar.
As pessoas estão à espera.
Quando aparece um imprevisto ou alguém para ouvir,
os horários mais apertam.
O carro é a casa que levamos connosco.
Sempre com a companhia de Deus, certamente,
mas também ocasião de ouvir notícias, música,
e a transmissão da santa Missa.
De muitos lados nós ouvimos: cânticos diferentes, ou semelhantes aos que se cantam nas nossas comunidades, a mesma Eucaristia de Cristo na Igreja, reflexões aproximadas ou com elementos muito significativos.
Hoje, quando ia de Tabuaço para Pinheiros, sintonizada a Rádio Renascença, como habitualmente, eis que ouço a referência à paróquia da Coriscada, na Diocese de Lamego. Fiquei a ouvir um pouco mais, antes de entrar na Igreja de Pinheiros, era a voz do Pe. Bráulio, a cantar e a rezar. É sempre surpreendente quando pela rádio ouvimos uma voz conhecida e familiar.