sexta-feira, fevereiro 09, 2007

O PROBLEMA DO ABORTO

Luta de palavras – A palavra não se usa para esclarecer e traduzir a realidade,
mas esgrime-se como arma de arremesso para derrubar o adversário.
Basta ver o que se passa com a palavra ABORTO que é a chave de toda esta questão: todos dizem ser contra o aborto, mas retiram da PERGUNTA a palavra aborto de modo que possa fazer-se todo o debate sem falar do nascituro.

Problema humano ou religioso? – O aborto é problema humano e religioso.
Mas não é humano por ser religioso; é religioso por ser humano.
Tudo o que é humano importa à fé cristã porque Cristo é Deus que Se fez homem por causa do homem, para o salvar.
Ora o aborto é um atentado mortal ao direito de nascer que é a base e sustentáculo de todos os Direitos do Homem. Negar o direito de nascer é como cortar a raiz à “árvore dos direitos humanos”.

A Igreja e a solução do problema do ABORTO – A Igreja não estorva a razão
humana, pelo contrário dá-lhe uma ajuda preciosa para equacionar o problema em ordem à sua correcta resolução.
Ponho dois exemplos: a “PAZ 2006” e a “PAZ 2007” formuladas por Bento XVI.
Diz a “PAZ 2007” – “A pessoa humana coração da paz”: no Debate do Aborto ponha-se no coração da Paz a pessoa humana da Mãe e com ela a pessoa humana do Filho.
Diz a “PAZ 2006” – “Na verdade, a paz”: o material de construção da Paz é a verdade.
Portanto só constrói a paz a palavra verdadeira 100%, ou seja: total (não só meia verdade), clara (sem qualquer ambiguidade), sincera (sem máscara), leal (sem omissões ou reservas intencionais), enfim, sem sofisma ou qualquer espécie de fraude.
Palavras de verdade-verdade e não mascaradas de verdade.

· Sinónimo do ABORTO – Infelizmente, a “interrupção da gravidez” é palavra só de meia-verdade que abre a porta a todas as ambiguidades, equívocos e manifestações acerca das discussões sobre o ABORTO, tais como: a partir de quando a interrupção é aborto? A partir de quando a gravidez é criança e é filho?...
Não foi nem é inocente substituir a palavra “aborto” pelo tão insuficiente e problemático sinónimo. É que enquanto a ciência não consegue convencer todos os promotores abortistas de que o filho nasce no acto da geração ou concepção com sua individualidade própria e definitiva, não precisando de nada mais do que o acolhimento e alimento do útero e tempo para crescer - , pode muito facilmente fazer-se passar a interrupção da gravidez por simples “desbloqueamento do fluxo menstrual que está bloqueado” e, por isso, atrasou…
Daí o dever fazer-se o aborto quanto antes, não vá o pequeno glóbulo crescer e começar a aparecer criança.
D. António José Rafael

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